Uma proposta do presidente da Agergs (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS), Clovis Ilgenfritz da Silva, que sugere o aumento em 25% na tarifa de pedágio para os caminhões que utilizarem as rodovias dos sete pólos rodoviários no Rio Grande do Sul, causou revolta e indignação em transportadores de cargas \”O reflexo disso recairia sobre o consumidor, já que 85% do que se consome no Estado são transportados por caminhão e esse custo seria repassado ao frete e desembocaria no consumidor\”, adverte Sérgio Neto, presidente do Setcergs (Sindicato dos Transportadores de Cargas do Estado do Rio Grande do Sul), que ainda questiona o recente aumento de 14,58% nos pedágios da BR-290. Perguntado sobre a proposta de federalização dos pedágios, Neto disse que levaria a possibilidade de exportar recursos ao Governo Federal, que só arrecada e nada investe. Para o presidente da Fecam (Federação dos Caminhoneiros Autônomos dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Eder Dal Lago, a proposta é uma \”grande besteira\”. \”Aumentar esse tributo é acabar com a nossa categoria. Além disso, o carreteiro tem o direito ao Vale Pedágio, mas tem que pagar essa tarifa quando roda com o caminhão vazio\”, reclama Dal Lago. Segundo ele, o melhor modelo a ser adotado é o pedágio comunitário, pois a tarifa é menor, que se reverte em investimentos e melhorias para as rodovias.