A NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística) detectou que a alta do real em relação a moeda americana está provocando aumento nos custos operacionais. A assessora da entidade para transporte internacional, Sônia Rotondo, explica que esse aumento está chegando aos 10% em apenas três meses. A moeda americana é utilizada em todas as transações dos transportadores que operam no mercado internacional, ou seja, tanto fretes quanto custo são negociados em dólar. Conforme cálculos do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Econômicas (Decope) da entidade, em fevereiro deste ano, o custo por quilômetro de uma viagem entre São Paulo e Buenos Aires (2.500 quilômetros) estava em US$ 1,1047, utilizando-se um veículo Scania novo, e US$ 0,9890, no caso de um veículo da mesma marca, mas com sete anos de uso. Três meses depois, esses valores pularam para US$ 1,238 e 1,0807, respectivamente. Nesse cálculo, a mudança de marca do veículo praticamente não traz alterações. No caso de Volkswagen Titan novo o custo por quilômetro sobe de US$ 0,9836 para US$ 1,0851 no mesmo período – para veículos dessa marca com sete anos de uso, esses valores correspondem a US$ 0,8639 e US$ 0,9506, respectivamente. O óleo diesel teve seu preço elevado de US$ 0,59 por litro para US$ 0,65 e o pneu, de US$ 495,30 para 579,22.