O Grupo Randon anunciará nesta semana um plano de investimentos para os próximos anos em suas unidades, localizadas no Rio Grande do Sul. Ao que tudo indica, a companhia formalizará um valor aproximado de R$ 2,5 bilhões. No último plano quinquenal, de 2005-2009, a organização aplicou R$ 900 milhões.
O governador Tarso Genro comentou que o investimento se originou de uma exaustiva negociação entre a Randon, as agências financeiras do Estado e a Secretaria de Desenvolvimento para proporcionar a expansão de uma empresa que “é caracteristicamente nacional e gaúcha, dona de um parque de geração de emprego e de coesão social”. Segundo o governador, “este é o maior aporte individual (de um grupo), mas provavelmente não será o maior ao longo do governo”. Disse que o Estado vem fazendo outras tratativas e que os investimentos internos e externos são de média e longa maturação.
Em torno de 45% do valor total do investimento da Randon, algo perto de R$ 1,1 bilhão, deverá se concentrar no complexo fabril de Caxias do Sul, onde a organização mantém a produção de implementos rodoviários, veículos especiais e autopeças para o segmento de transporte pesado de cargas e passageiros. Nos últimos dois anos a empresa investiu R$ 438,8 milhões e, para 2012, a projeção é de R$ 400 milhões.
Outra parte deve ser direcionada à aquisição e parcerias estratégicas, dentro da política da Randon de também crescer por meio de compras. No último trimestre de 2011 anunciou dois negócios: a aquisição da Folle Indústria de Implementos Rodoviários, de Chapecó (SC), onde investirá R$ 100 milhões, entre aquisição, ampliação de capacidade e modernização, e a Freios Controil, de São Leopoldo, por meio da controlada Fras-le, pelo valor de R$ 10 milhões. Em 2008, a mesma empresa adquiriu unidade de negócios de pastilhas de freios da Haldex, nos Estados Unidos, por US$ 4 milhões.
Também não está descartada a possibilidade de a empresa anunciar o ingresso em outros nichos de mercado por meio da produção de componentes. Dentre os setores possíveis estão o marítimo, com fornecimento de peças para construção de plataformas, e o agrícola, por meio das empresas de autopeças, especializadas em freios, suspensões e eixos.

Fonte: Jornal do Comércio