A Petrobras reajustou em 10% a gasolina e em 12% o diesel nas refinarias, no último dia 10 de setembro. O aumento inclui a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e PIS/Cofins; mas não o ICMS (Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços). Esses reajustes serão pagos pelas distribuidoras ao adquirirem os combustíveis nas refinarias.
De acordo com o chefe do Decope – Departamento de Custos Operacionais e Estudos Técnicos e Econômicos, da Associação Nacional do Transporte de Cargas (NTC&Logística), Neuto Gonçalves dos Reis, o custo do frete para a carga lotação será o mais afetado pelo aumento anunciado pela Petrobras na sexta-feira (09/09). Pelos cálculos do Decope, se considerarmos um percurso de 800 km, no caso do frete de carga lotação, o combustível tem um peso de 26,41%. Assim, um reajuste de 12% aumentaria o frete em 3,17%.
Já no caso de carga fracionada (modalidade que reúne em um caminhão produtos de diversas empresas), o peso do combustível é menor. Num percurso, semelhante, de 800 km, o combustível corresponde a 10,71% do valor do frete. Assim um aumento de 12%, teria um impacto de 1,29%. Isso, sem contar a recente determinação do Conet (Conselho Nacional de Estudos de Transporte e Tarifas, órgão da NTC&Logística) que no último dia 30 de agosto, determinou um reajuste de 5,20% no valor do frete para carga fracionada.
Os principais aumentos referem-se a salários (8%), despesas administrativas e de terminais (7,72%), veículo (5,05%), recapagem (4,51%), seguros (4,19%), lavagem (3,07%) e manutenção (1,42%).