Na contramão do crescimento da frota de veículos, o número de caminhões emplacados na cidade de São Paulo está menor. De acordo com estatísticas do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), em julho deste ano 157 mil caminhões estavam emplacados na capital, cerca de 5 mil a menos do que em junho de 2008, mês em que a Prefeitura começou a limitar a circulação desses veículos.
Após a criação da restrição, o número de camionetes e utilitários, como peruas e vans, cresceu 29%, consolidando-se como uma das principais opções para o transporte de cargas na cidade. No período, essa frota subiu de 572 mil para 739 mil. As restrições aos caminhões são apontadas por representantes das transportadoras como a razão para a migração de suas frotas para os utilitários.
“Era previsível. O setor, para seguir abastecendo o centro, teve de largar os VUCs (veículos urbanos de carga) e investir em vans. Foi um erro aumentar as restrições para os VUCs, caminhões menores e próprios para esse tipo de serviço”, argumenta Adauto Bentivegna Filho, diretor executivo do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região).

Fonte: O Estado de S.Paulo