As duas fabricantes de caminhões pertencem ao Grupo Volkswagen
O grupo alemão Volkswagen levou anos para concluir o processo de aquisição de ações e ganhar participação majoritária em dois importantes fabricantes de caminhões e ônibus da Europa – a sueca Scania e a alemã MAN. A partir de agora, porém, a busca da unificação de processos entre ambos ganham ritmo acelerado e alinha-se à estratégia do Grupo de tornar-se o maior produtor de veículos do mundo.
Dois meses depois de assumir a presidência mundial da Scania, Martin Lundstedt veio ao Brasil esta semana para participar de reuniões estratégicas. Segundo ele, não está previsto nenhum tipo de integração entre MAN e Scania. \”Muitas pessoas falam sobre integração, mas as duas marcas continuarão a atuar completamente separadas e concorrentes\”, diz.
Segundo Lundstedt, o processo de colaboração entre as marcas se dará em áreas de pesquisa, que envolvem altos custos, e compras de certos componentes, como eixos.
Na área de caminhões, a grande mudança foi o deslocamento do principal executivo da Scania, Leif Oestling para a equipe de comando do grupo. O alemão incumbiu Oestling de guiar o processo de cooperação entre as marcas de comerciais leves – Volkswagen, Scania e MAN.
O executivo não se preocupa com a chegada de mais competidores e nem com as regras do novo regime automotivo. \”Somos globais e flexíveis, acostumada com a concorrência e a conviver com cenários distintos em diferentes regiões.\” Ele lembra que hoje a Europa, em crise, abastece mercados de exportação que antes pertenciam à fábrica do Brasil, a principal fora da Suécia.
Quanto às relações governamentais, ele também não tem do que se queixar: \”desde que nos instalamos no país, em 1967, tivemos boas cooperações com governos federais, estaduais e municipais\”. A relação entre Brasil e Suécia é, como ele diz, longa. Ou como lembra depois: \”um caso de amor, que começou em 1958, quando o Brasil nos tirou a Copa do Mundo\”.
Do Valor Econômico