Ibama rejeitou estudo para liberar as obras no trecho

O Setcepar (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná) emitiu um comunicado em que lamenta a decisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais)  de rejeitar o estudo de impacto ambiental apresentado pela Autopista Régis Bittencourt, consórcio do grupo OHL. O órgão apontou uma série de problemas que precisam ser corrigidos para liberar, definitivamente, o empreendimento.

“É um absurdo o descaso com a vida dos motoristas que trafegam pela Serra do Cafezal. Esta duplicação é de extrema importância e o processo para que isso ocorra se arrasta há mais de uma década. É uma palhaçada”, ressalta Gilberto Antonio Cantú, presidente da entidade.

Segundo ele, “este trecho da BR-116 é extremamente perigoso. Por isso, é muita irresponsabilidade postergar ainda mais esta duplicação, até mesmo porque apesar de representar 20% do percurso de quem trafega entre São Paulo e Curitiba, os trechos de serra concentraram 40% dos acidentes em 2012”.

Em 2009, a Serra do Cafezal registrou 506 acidentes. No ano seguinte, somou mais 509 ocorrências. No ano passado, foram 490 acidentes. Neste ano, com a duplicação de 11 km, o índice apresenta uma queda mais acentuada. Até outubro, segundo o consórcio, foram feitas 357 notificações no trecho, onde diariamente passam cerca de 22 mil veículos.