Para Anfir, segmento precisa de ações específicas de incentivo

De janeiro a julho deste ano, a indústria de implementos contabilizou o emplacamento de 95.196 equipamentos, baixa de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quanto 108.165 unidades foram licenciadas.

“As medidas (de incentivo) pelo governo em abril e maio ainda não surtiram efeito no setor”, explica Alcides Braga, presidente da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários). Segundo ele, “o resultado positivo de 0,2% na produção industrial em junho, apurado pelo IBGE, ainda não trouxe reflexos para a atividade no segmento de implementos rodoviários”.

Neste cenário, a entidade acredita que o setor deve ser percebido pelo governo como um segmento produtor de bens de capital, sem atrelá-lo ao setor automotivo.

“O implemento rodoviário depende do desempenho da economia, ou seja, uma equação complexa que reúne de venda de caminhões a realização de obras de infra-estrutura passando pela produção de bens de consumo e alimentos”, argumenta.

No segmento Pesado (reboque e semirreboque) a retração na produção de janeiro a julho foi de 14,05%. Já no segmento Leve (Carroceria sobre chassi), o índice negativo registrado foi de 11,02%.

“O aumento do percentual negativo na produção de modelos Carroceria sobre chassi indica que apesar do crescimento do consumo não houve impacto direto na atividade do setor”, diz Mario Rinaldi, diretor executivo da associação.