Com previsão de investimentos de R$ 1 bilhão e geração de mil empregos diretos, a fábrica Shacman no Brasil ainda não tem valor oficial fechado. Durante reunião da empresa realizada ontem, quarta-feira (13/06), em Pernambuco, executivos do grupo cogitaram a possibilidade de o Estado fornecer 4,5 mil profissionais até o final de 2013 para assinarem carteira de trabalho quando a montadora entrar em operação.

O número chama atenção por ser 4,5 vezes maior que as mil posições divulgadas inicialmente para a demanda do projeto. Do total dos 4,5 mil funcionários, 2,5 mil precisariam ter formação técnica, o restante necessita apenas de educação básica completa. Os números foram apresentados para a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE) e o Senai de Pernambuco (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). “Eles perguntaram qual o salário inicial no mercado para cada uma das funções, quantos engenheiros são formados por ano em Pernambuco, disponibilidade de mão de obra para construção civil. Mas nenhum dado foi dado como fechado. Não há uma definição ainda. Mas o projeto, pelo que foi discutido, parece não ser nada modesto. É algo grande”, esclareceu o diretor regional do Senai pernambucano, Sérgio Gaudêncio.

Ainda segundo ele, a ampliação da escola técnica do Senai-PE em Caruaru foi colocado em espera para aguardar essas definições. A grade curricular da unidade é bastante diversificada, abarcando desde cursos para área de confecções até de manutenção automotiva. “Apresentamos que hoje existem 40 mil estudantes de ensino técnico matriculados no Estado, em instituições públicas e privadas. Os números discutidos foram para sondagem, afinal, foi a primeira reunião no Brasil”, explicou Gaudêncio.

Fonte: Jornal do Commercio/ PE