O IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – com base nos dados do Denatran e da Polícia Rodoviária Federal – fez um levantamento e constatou que por hora mais de quatro pessoas perdem a vida no trânsito e, em um ano, o número de óbitos chega a 40 mil. Para o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, o descaso do poder público é notório e não há iniciativa para melhorar as condições de tráfego da malha viária brasileira, que foi considerada a pior infra-estrutura de transporte entre os 20 países das maiores economias no mundo. \”A falta de infra-estrutura atrasa o crescimento do Brasil, mas o problema é muito mais sério quando falamos de vidas perdidas, tragédias que poderiam ser evitadas se as punições fossem mais severas\”, avalia.
O executivo lembra que hoje, no Brasil, ninguém cumpre pena na prisão por ter provocado acidente de trânsito com vítima fatal. Simplesmente o infrator paga fiança, responde processo em liberdade e indeniza familiares das vítimas com cesta básica ou valor estipulado pela justiça.
Fiola acrescenta que é preciso parar de aceitar que acidentes de trânsito são fatalidades, devido acontecerem por uma combinação de fatores que envolvem a via, o condutor e o veículo. \”Muitos deles poderiam ser evitados se o motorista respeitasse a sinalização, as normas de trânsito e também cuidasse de forma preventiva de seu veículo\”, conclui.
