Com o objetivo de aliviar o sistema Anchieta-Imigrantes e dar suporte rodoviário à exploração de petróleo e gás, o governo de São Paulo deu início a um estudo para uma nova ligação rodoviária entre o planalto e o Litoral Sul.
De acordo com o projeto, a via – que está sendo chamada de nova Imigrantes – deverá ligar Itanhaém a Parelheiros, no extremo sul da capital, ou ao Rodoanel, cortando a serra do Mar. Embora não haja definição de traçado, a distância média é de 15 km. O governo avalia incluir a obra em uma concessão abrangendo a maior parte da rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55), de Mongaguá à Régis Bittencourt (BR-116).
Atualmente, a SP-55 é o principal acesso a cidades como Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe e se tornou um gargalo, tanto para os turistas quanto para a economia, com o pré-sal. No total, a concessão teria 153 km de rodovia, incluindo a nova ligação. Cálculos iniciais apontam para um investimento de R$ 648 milhões.
Segundo Edson Aparecido, secretário de Desenvolvimento Metropolitano, o governador Geraldo Alckmin autorizou o estudo porque a \”demanda é grande\”. \”Perto de 53% do movimento do sistema Anchieta-Imigrantes é para o Litoral Sul \”, afirma. Na Secretaria de Logística e Transportes, a rodovia está sendo estudada pelo mesmo grupo que delineou o túnel que ligará Santos a Guarujá. \”A Imigrantes está no limite. Nos feriados e férias, a pessoa demora seis, sete horas para andar um trecho da Padre Manoel da Nóbrega\”, afirma Silvio Lousada, secretário de Governo de Itanhaém.

Fonte: Folha de S. Paulo