por Daniela Giopato
As fortes chuvas que ainda atingem o Estado de Santa Catarina, há quase 60 dias, deixaram em estado de alerta alguns municípios como Balneário Piçarras, Canelinha, Indaial, Penha, Paulo Lopes, Presidente Getúlio e Rancho Queimado e outros como Blumenau, Ilhota, Gaspar, Rio dos Cedros, Novo Trento, Camboriú e Benedito Novo já declararam estado de calamidade pública. Até agora foram contabilizados 97 mortes no Estado, 19 desaparecidos e mais de 78 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas.
É uma verdadeira operação de guerra, com 17 helicópteros disponíveis para a Defesa Civil realizar o trabalho de levar mantimentos e água potável às vítimas da tragédia. Há envolvimento do País inteiro através de campanhas de doações e depósitos em bancos.
Além das mortes, centenas de desabrigados, perigo de doenças, falta de alimento, gás, água, serviço médico, entre outros, as chuvas causaram quedas de barreiras que comprometeram o transporte na principal rodovia que liga o Paraná a Santa Catarina, a BR-376, que no trecho paranaense passa a se chamar BR- 101.
Apesar do tráfego estar liberado, a Polícia Rodoviária Federal pede aos motoristas para evitar passar pelo local, onde ainda há risco de deslizamentos e de acidentes já que a estrada está operando em meia pista o que torna o trânsito perigoso e lento.
Como conseqüência, o Estado do Rio Grande do Sul já registrou prejuízo com os milhares de motoristas que estão parados há dias na estrada, aproximadamente R$ 1.500,00 por dia e por caminhão. Cerca de 70% do total de cargas do Rio Grande do Sul passam pela BR-101, porque os percursos alternativos aumentam a viagem em até 400 quilômetros.
Há filas de caminhões no acostamento em Palhoça, e mais de 200 motoristas aguardam em um posto, desde sábado (22/11), a liberação do tráfego na BR-101.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, o trabalho de recuperação e de limpeza da pista sentido Sul (Curitiba/Florianópolis) continua acontecendo e a probabilidade de acidentes ainda é grande. “Não adianta o motorista insistir em trafegar e ter de ficar com o caminhão parado na rodovia”. Para os que realmente precisam utilizá-la, Klein pede cautela e paciência, pois por toda a extensão da estrada há pontos molhados, enlameados e com obstáculos como árvores e pedras, onde pode ser necessário algum desvio por estrada rural.
A principio, para informações a respeito da situação das estradas no Estado de Santa Catarina os motoristas devem entrar em contato através do número 191.
Confira os principais meio para doação:
Depósito em conta:
Caixa Econômica Federal: Agência 1277, operação 006, conta 80.000-8
Banco do Brasil: Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7
Besc: Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0
Bradesco S/A: 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
Em nome de pessoa jurídica: Fundo Estadual da Defesa Civil e o CNPJ, 04.426.883/0001-57.
Doações de alimentos, água e produtos de higiene: entrar em contato com o Departamento Estadual de Defesa Civil do Estado, pelo número (48) 4009-9885. Já os catarinenses devem ligar para 199 ou para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional mais próxima do seu município.