A Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística (NTC & Logística) realizou pesquisa com 314 empresas transportadoras de carga identificando a necessidade da recomposição das tarifas de frete no transporte rodoviário  de cargas.O estudo constatou a urgência em realinhar os preços em 15% , além de recomendar a necessidade de cobrar adequadamente os serviços adicionais (entregas especiais,  paletizações, agendamentos,  devoluções de comprovantes, etc), tendo em vista que muitas empresas precisam repor suas estruturas operacionais além de retomar os preços que tiveram descontos para atender acordos comerciais do período da crise.

A Comissão de Equilíbrio Concorrencial do SETCERGS (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul) ratifica a recomendação da  NTC & Logística. Segundo a Comissão, dentre os itens analisados, que obrigam as empresas a realinhar seus preços, estão o reajuste nos salários em 5,82% (dissídio em maio/09); o aumento nos custos de pedágio (aumento de 7,69% na Free Way e implantação de novos postos de pedágio nas BR 101 e BR 116); o  aumento nos valores de frete carreteiro, em função da alta demanda de final de ano e novas contratações de funcionários;  as restrições de circulação de caminhões nos centros urbanos, aumentando consideravelmente os custos de coletas e entregas; as apólices de seguro que tem seus prêmios majorados pelo aumento da sinistralidade e gerenciamento de riscos, entre outros, cita José Carlos Silvano, presidente do Setcergs. As empresas de transporte precisam fazer investimentos para atender a demanda atual, evitando os riscos de não atendimento das exigências do mercado, num período de economia aquecida.