Após a realização de diversos estudos, o governo do Estado de São Paulo definiu que a melhor opção para a ligação dos municípios de Santos e Guarujá, no Litoral paulista, é o túnel imerso. A decisão foi anunciada na última semana, após a conclusão das análises realizadas pela Dersa.
Para o estudo, foi utilizado um sistema de simulações que incorporou informações da malha viária local, regional e nacional, além de dados de estudos anteriores. Também foram usadas informações sobre origem e destino, coletadas em 7.500 entrevistas e a contagem de tráfego em cerca de 30 pontos diferentes das rodovias e da malha viária de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão.
As simulações levaram em consideração 13 projetos diferentes de travessia seca (pontes e túneis), agrupados em sete posições distintas. A pesquisa concluiu que o posicionamento da travessia em um ponto intermediário do canal produz os melhores desempenhos globais para o dispositivo, considerando as características de seus diferentes usuários.
Sendo assim, o local escolhido liga Outeirinhos (Santos) a Vicente de Carvalho (Guarujá) e apresenta diversas vantagens sobre as demais alternativas, com destaque para a diminuição do tempo de viagem, distâncias percorridas, necessidade de transporte público e menor custo de implantação.
O túnel terá cerca de 900 metros e, ao invés de ser escavado, será composto por perfis de concreto armado construídos em terra firme e depois transportados e afundados no local da travessia. O túnel respeitará uma profundidade mínima de 21 metros, compatível com o projeto de aprofundamento do canal do Porto.
Com o anúncio estadual, a Dersa fica autorizada a contratar o projeto executivo e iniciará o processo de licenciamento ambiental do empreendimento. Os investimentos nessas etapas estão estimados, respectivamente, em R$ 39 milhões e R$ 3 milhões.
A licitação de contratação do projeto será concluída em janeiro de 2012, quando começam os trabalhos técnicos. A previsão é concluir o projeto ainda em 2012, permitindo que a obra possa ser contratada no início de 2013. Considerando gastos com projetos, obras, licenciamento e desapropriações, o empreendimento irá consumir um total de R$ 1,3 bilhão e deverá ser concluído no primeiro semestre de 2016.