Com a alta de aproximadamente 15% no preço dos caminhões no próximo ano – devido a entrada das novas normas que estabelecem níveis de emissões de poluentes para este tipo de veículo – o mercado previa que o último trimestre de 2011 seria de vendas aquecidas. No entanto, contrariando as expectativas, números da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram uma redução de 3,2% no emplacamento de caminhões em novembro. De acordo com os dados da associação, foram comercializadas 13.441 unidades, contra 13.882 veículos vendidos em outubro. Em relação ao mesmo mês do ano passado a queda registrada é ainda mais significativa: 7,7%.
Marcos Saltini, vice-presidente da entidade, explica que a previsão de boas vendas não se confirmaram porque “a crise internacional acabou se refletindo no Brasil, deixando o mercado apreensivo”. Para o próximo ano, as projeções também não são muito animadoras. Conforme estimativa da associação, o mercado pode sofrer uma baixa de até 10% das vendas, devido ao reajuste nos valores dos caminhões. Por isso, Saltini explica que a Anfavea está pleiteando junto ao governo incentivos que contribuam com as vendas dos novos caminhões. “A ideia é fazer com que o transportador sinta o mínimo possível o impacto dos preços”, conclui o executivo.
