Meta é introduzir no Brasil novo segmento de veículos para transporte
A Mercedes-Benz anunciou o início da produção da nova geração do Vito em sua unidade industrial da Argentina. Há anos no mercado europeu, o veículo é uma van média para carga e passageiros que chega para abrir um novo nicho de mercado na América do Sul. A versão para carga tem capacidade de 1,1 tonelada e a de passageiros para sete ou oito pessoas. “Nossa expectativa é que as vendas entre as versões de carga e de passageiros sejam meo a meio no Brasil”, disse Adriana Taqueti, gerente Senior de vendas e marketing de vans, acrescentado que no Brasil temos importantes segmentos para a aplicação do Vito. “Será um produto que vai atender a nova realidade do Brasil. A ideia é criar no País um novo segmento, como aconteceu quando introduzimos o MB 180, em meados dos anos 90”, completou.
O MB 180 foi a van que a Mercedes-Benz do Brasil começou a importar da Espanha, no início de 1994 e foi substituída pela Sprinter, lançada aqui em março de 1997. Na ocasião, a fábrica da Argentina produzia exclusivamente o modelo, com produção anual de 15 mil unidades, das quais 11 mil eram destinadas ao Brasil. Para o pessoal de marketing da Mercedes-Benz, a Sprinter foi a pioneira na sua categoria para o transporte de passageiros e de cargas no País, porque só a partir de sua chega começaram a aparecer outros veículos para atender o mesmo nicho de mercado. Atualmente existem várias marcas disputando a preferência dos transportadores que operam em áreas urbanas com passageiros e cargas.
Atualmente, a fábrica da Argentina tem capacidade para produzir 18 mil unidades – das quais este ano 14 mil são Sprinter – além de três modelos de caminhões e chassis de ônibus. A empresa pretende dobrar este volume produzido após o início da montagem da van Vito. A cada 12 minutos uma Sprinter é produzida, com quatro diferentes entreeixos para atender as demandas do continente sul-americano. Os caminhões e chassi de ônibus são 100% para o mercado local, porém, todos montados com peças enviadas do Brasil e, no caso da Sprinter, também da Alemanha. É o caso da estamparia, que 98% vêm da Alemanha. Motor, caixa de câmbio e parabrisas são produzidos no Brasil.
De acordo com Adriana Taqueti, o mercado brasileiro de comerciais leves é o que mais tem crescido e a previsão é que este ano encerre com as vendas de 42 mil unidades de large vans. Em 2010, foram 35,3 mil; no ano passado, 44,6 mil e para 2013 a expectativa é de um leve crescimento, mas a previsão maior é de fechar 2014 com 50 mil unidades. Este ano, a Mercedes-Benz encerra com vendas abaixo de sua meta, mas com 2% acima do exercício passado e com participação de 16%. “Nossa meta é de 20% nos próximos anos”, concluiu Adriana Taqueti, confiante nas ações que a companhia está realizando para alavancar as vendas do modelo, no qual o destaque é o centro de atendimento exclusivo para atender o cliente Sprinter.