A redução no número de caminhões em atividade por conta da pandemia do Covid-19 elevou o preço do frete de grãos em certas regiões do Estado do Mato Grosso entre 5% e 8%, segundo informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O motivo, segundo o órgão é que os caminhoneiros estão deixando o caminhão parado, para se proteger do vírus, ou preferindo trabalhar mais perto de suas casas.

Ainda de acordo com o Imea, maior parte dos fretes está sendo feita dentro do próprio Estado, principalmente porque o motorista não tem encontrado locais de parada para descanso e reabastecimento nos trajetos de longa distância.

O trecho entre Rondonópolis e o porto de Miritituba/Pará, com cerca de 1.800 km, pela rodovia BR-163, informa o boletim, é praticamente o único de longa de distância com maior demanda de caminhões.

O Imea destacou, também em boletim semanal, que apesar da incerteza em elação aos impactos da Covid-19 na economia mundial, o dólar acima de R$ 5 beneficia o mercado brasileiro de commodities, sobretudo a soja disponível. Valorizado frente ao real, o dólar aumenta a competitividade da soja brasileira.

De acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, a paralisação de alguns caminhoneiros já causou tempo de espera extra em navios que ficam no porto aguardando para serem carregados. Mesmo com os portos operando normalmente, há falta de fretes.

A distribuição de kits de higiene, máscaras e alimentação nos pátios, e algum tipo de suporte para melhorar as condições nas rodovias, têm sido algumas das ações na  tentativa de garantir a continuidade do transporte.