A Scania acaba de anunciar que pela primeira vez vai exportar cabinas para a fábrica na Holanda, local onde o caminhão será montado. Uma das principais preocupações é a garantia do tempo para entrega do veículo para o cliente final. “Temos uma Organização preparada, bem estruturada e desenvolvida para atender às exportações, mas esse é o tipo de atividade que tem uma interdependência muito grande com infraestrutura e processos externos, o que exige que o Brasil também esteja atendo e garanta a previsibilidade e a celeridade de seus trâmites”, ressalta o vice-presidente de logística da Scania Latin America, Marcelo Gallão.
Segundo o executivo, as contratações serão, na sua maior parte, para o trabalho na fábrica e estão ligadas diretamente ao volume nos mercados externos. “Esperamos ter os novos colaboradores até o final de maio e para atender a demanda vamos também aumentar os turnos de produção”, diz.
Para manter a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) um espelho da linha de produção da Scania na Suécia (sede do Grupo) e replicar o padrão global é preciso garantir investimento constante na atualização do parque industrial do ABC paulista. “Recentemente anunciamos o aporte de R$ 2,6 bilhões na operação brasileira até 2020. Isso faz com que subsidiária tenha uma linha global de produtos para exportar a todos os mercados onde a Scania está presente no mundo – inclusive os mais exigentes”, conta Gallão.
Exportação em alta
A Scania vem investindo nas exportações desde 2014, quando percebeu o desaquecimento do mercado brasileiro. O vice-presidente de logística da Scania Latin America, Marcelo Gallão, explica que pelo fato da fabricante possuir um produto global e fábricas padronizadas em todo o mundo foi possível direcionar o volume para atender a demanda de outros países.
“O aumento de pedidos na Europa também colaborou para que trouxéssemos novos clientes externos para a produção de São Bernardo do Campo e agora, esse cenário permitiu a contratação de colaboradores, aproximadamente 500”, diz o executivo.
Historicamente, o mercado interno representava 70% da produção na planta do ABC, 30% eram destinados para exportação. De acordo com o executivo, essa proporção foi invertida. “Mas os níveis não correspondem aos mesmos, quando por exemplo, em 2013, o Brasil bateu recorde de emplacamentos no País”, afirma.