O mercado de implementos rodoviários deve encerrar o ano de 2015 com queda de cerca de 45% dos emplacamentos realizados em 2014, disse ontem à tarde o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, Alcides Braga, durante a Fenatran, maior feira do setor de transporte rodoviário de carga da America Latina, evento realizado no pavilhão de exposições do Anhembi-SP, até sexta-feira 13.
Em números, o setor vai fechar o ano com cerca de 45 mil unidades licenciadas, das quais 30 mil são equipamentos pesados, complementou o executivo, o que demostra bastante otimismo em relação à assinatura de um setorial com CEF (Caixa Econômica Federal), na próxima sexta-feira, para financiamento de implementos rodoviários.
“Não acreditamos em mais queda em 2016, até mesmo porque o mercado já caiu bastante e também porque o PIB agrícola está crescendo”, disse Braga lembrando que no primeiro trimestre já começa a colheita da safra, acrescentando que parando de cair a “roda” volta a girar. No entanto ele adverte que 2016 deverá ser muito parecido com 2015 e se houver crescimento será ainda pequeno.
Para o presidente da Randon Implementos, David Randon, que afirmou ter comercializado 28 produtos no primeiro dia do evento (segunda-feira), o ano de 2016 deverá ter um crescimento de 5% em relação a 2015, salvo se acontecer algo neste final de ano no âmbito da política ou da economia brasileira que possa mudar o cenário atual. O executivo sugere um mercado de 31 mil equipamentos pesados e entre 74 e 80 mil caminhões licenciados.
O CEO da Librelato, José Carlos Spricigo, também aposta em um mercado um pouco melhor para o setor em 2016, mas nada tão alicerçado, conforme diz. Ele destaca que este ano a empresa cresceu as vendas nas regiões Norte e Nordeste, mas o Centro-Oeste ficou devendo e espera recuperar no próximo ano. “Acreditamos numa retomada, porque o Brasil não acaba, é muito rico e temos ainda muita coisa pra fazer no País”, declarou.
Em relação à Fenatran deste ano, na qual a participação do setor de implementos rodoviários está sendo muito maior do que a dos fabricantes de caminhões – que contam apenas com DAF e Volvo no evento – o presidente Alcides Braga destaca que sem a os implementos rodoviários a feira não estaria acontecendo.
“Estamos carimbando nosso passaporte moral para 2017, concluiu. Aliás, conforme já se comenta nos bastidores da feira, a próxima edição do evento já deverá ser realizada onde atualmente é o Centro de Exposições Imigrantes, na rodovia de mesmo nome, cujas obras de ampliação e modernização para torna-lo mais capacitado para receber eventos de grande porte já se encontram em andamento.