Os motoristas de caminhão decidiram manter a paralisação no País. O motivo foi a falta de um acordo entre os representantes da categoria e o governo. De acordo com a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) o governo não apresentou uma proposta consistente para justificar o fim da paralisação. Para Diumar Bueno, presidente da CNTA, o governo foi irresponsável com a situação em que o País se encontra hoje.
A Petrobras anunciou ontem redução de 10% no preço do diesel nas refinarias. A redução significa 23 centavos na refinaria e 25 centavos para o consumidor. Porém essa decisão é válida apenas por 15 dias. A Abcam afirma que a paralisação somente será suspensa com a publicação no Diário Oficial da decisão do governo de zerar a alíquota das contribuições PIS/Cofins e Cide para o diesel. A próxima reunião está agendada para esta quinta-feira às 14h.
O preço do diesel na refinaria já subiu 59,62% nos últimos 10 meses, após a Petrobras adotar nova política de reajustes conforme o preço no mercado internacional. O alerta tem sido dado pelas entidades do setor, como o Setcemg (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Minas Gerais.Só no acumulado deste ano, o aumento acumulado é de 21,80% e, no mês de maio, de 9,33%.
No quarto dia de manifestação vinte Estados e o Distrito Federal seguem com a paralisação dos caminhões, o que tem provocado desabastecimento de combustível e de alimentos em diversos locais.
Alguns Estados do País já estão sentindo os reflexos dessa paralisação como é o caso do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal que já anunciaram que alguns postos já sofrem com a falta. Em São Paulo, por exemplo, 40% dos ônibus municipais, pararam nesta quinta por falta de diesel.
Em Recife foi observado redução no número de ônibus. Em Mato Grosso o transporte escolar foi suspenso. Além disso, já foram computadas altas nos preços de gêneros alimentícios. Sem contar os correios que já suspenderam temporariamente as encomendas enviadas por Sedex10, 12 e Hoje.
Também há problemas de desabastecimento em vários estados do país. Ainda existe ameaças ao abastecimento em indústrias, no varejo, em distribuidoras de combustíveis e entrepostos de alimentos.