frotaO protesto de caminhoneiros marcado para hoje (09 de novembro) provocou bloqueios em trechos de rodovias de onze Estados: Bahia, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins. O Movimento, que seria convocado pelo Comando Nacional do Transporte, reivindica redução do preço do diesel, criação do frete mínimo, salário unificado em todo o País e a liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos. A última manifestação envolvendo motoristas de caminhão aconteceu em abril deste ano e teve duração de cinco dias.

Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), por exemplo, emitiu semana passada (dia 04/11) um comunicado se posicionando a respeito dessa possível paralisação dos motoristas. De acordo com Diumar Bueno, presidente da CNTA, a entidade sempre manifesta apoio a movimentos de interesse específico da categoria dos caminhoneiros autônomos, organizados ou não, desde que haja representantes que respondam pelos atos que praticam.

O documento assinado por Bueno considera imoral e repudia qualquer mobilização que se utilize da boa-fé dos motoristas para promover o caos no País e pressionar o Governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria.

greve RenatoOs motoristas ainda não estão convencidos sobre os benefícios e motivos desta nova paralização. O Portal O Carreteiro conversou com alguns profissionais que não estão participando da greve. Renato Sauzen, 53 anos de idade e 25 de profissão, do Rio Grande do Sul, disse que ficou sabendo das manifestações em conversas com os colegas porém, ainda não entendeu quais são as reivindicações. “Já ouvi falar que era para reduzir pedágio, para tirar a presidente, para aumentar o frete, mas sinceramente ainda não sei o real motivo”, afirmou. Para Renato, essa falta de objetivo vai resultar em bagunça, prejudicar o trabalho e não vai levar a lugar nenhum. “Estou aqui no posto aguardando para carregar, mas estou com medo de voltar e ficar parado na estrada”, destacou.

greve Luciano

 

 

Já Luciano Correia, de Santa Rosa/RS, de 35 anos de idade e 12 de profissão, acredita que o movimento esta forte em algumas regiões como no sul, mas assim como o seu colega ainda não sabe qual o motivo. “Na minha opinião uma greve só vai dar certo quando afetar as empresas grandes e todos caminhões realmente pararem. Enquanto tiver um ou dois rodando não acontece nada”, diz.

greve samir

Samir Keidann, 37 anos de estrada e 20 de profissão, conta que tem um amigo de Santa Catarina que pelas redes sociais afirmou que o protesto é contra a corrupção do governo. “Para mim alguma coisa vai acontecer. Já tem muitos Estados com estradas bloqueadas. Não sei os motivos dessas paralizações e ainda não consigo avaliar se vai dar certo. Mas as coisas têm que mudar. Está difícil”, desabafou.