A transmissão automatizada é uma realidade comum na quase todos os caminhões pesados produzidos atualmente no Brasil e transmissões para modelos de categorias menores também começam a despontar no mercado brasileiro, dando a entender que cada vez mais o motorista troca menos marchas no veículo comercial.

O fato se torna mais convincente ainda de que o motorista deixará de trocar de marchas quando a ZF, um dos maiores fabricantes de transmissões global anuncia que segundo suas análises, as transmissões mecânicas desaparecerão até o ano de 2025. Winfried Gründler, responsável pela unidade de negócios de transmissões para caminhões e vans da divisão de tecnologia para veículos comerciais da ZF, reforçou que nos países que compõem o NAFTA (Estados Unidos, Canadá e México), as transmissões manuais serão utilizadas apenas em nichos específicos. “Já na União Europeia, a cota de equipamentos ‘manuais’ deverá diminuir dos atuais 60% para cerca de 10%. A nível global, de 80% para 50%”, prevê.

As previsões foram feitas durante a apresentação de um pacote de novos produtos e tecnologias para os veículos que chegarão às ruas e estradas nos próximos anos. Na ocasião, a empresa a apresentou a ZF-PowerLine, uma transmissão automática de 8 marchas para caminhões até 26 toneladas de PBTC), ônibus e picapes pesadas.

Fabricante diz que as trocas de marchas da  ZF PowerLine são melhores do que as de qualquer transmissão que está atualmente no mercado
Fabricante diz que as trocas de marchas da ZF PowerLine são melhores do que as de qualquer transmissão que está atualmente no mercado

Tida como inovadora, esta caixa teve transferida para ela as características de conforto das caixas de automóveis de passeio. Segundo a ZF, o conversor de torque da unidade supera consideravelmente os conceitos até hoje disponíveis para os segmentos a que ela se destina, em todos os critérios decisivos.

Ainda de acordo com a fabricante, a transmissão PowerLine representa uma pequena revolução no setor de transmissões automáticas para caminhões médios picapes e ônibus, pois aumenta o potencial de economia de combustível (chegando à casa de dois dígitos), o conforto nas trocas de marcha, a relação potência-peso e favorece o meio ambiente em níveis mais altos. Sem óleo, esta novidade pesa apenas 150 quilos e está preparada para receber tomadas de força e freio automático (João Geraldo).