Os casos mais graves ficam em Minas Gerais

1670Apenas um terço de todas as infrações de trânsito registradas por radares das rodovias federais nos últimos 12 meses se converteu em multas e foi enviado aos condutores. De acordo com dados do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), entre julho de 2012 e junho de 2013, 6,5 milhões das 9,6 milhões de multas por excesso de velocidade ficaram impunes, sem pagamento ou anotação dos pontos na carteira do motorista.

Especialistas em tráfego culpam a falta de comunicação entre os Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) e o Dnit. Mas o órgão federal diz que o principal problema é técnico: infrações são registradas, mas as fotografias não podem ser usadas porque, por algum motivo, não mostram com clareza as placas dos carros.

Os casos mais graves ficam em Minas Gerais, Estado que tem a maior malha viária federal do País. Lá, os radares registraram pouco mais de 1,2 milhão de infrações, mas apenas 286 mil multas foram enviadas para os motoristas. No Distrito Federal, três rodovias contam com radares que flagraram 483 infrações. Mas nenhuma delas se converteu em Notificação de Autuação (NA) – a emissão da multa para o condutor.

Em São Paulo, o Dnit mantém 20 radares em operação, 11 deles na BR-488, a menor rodovia federal do País, com cerca de 6 quilômetros. Ela liga a Rodovia Presidente Dutra à cidade de Aparecida e registra grande movimento por causa das romarias. Os demais aparelhos estão na Dutra. Das cerca de 160 mil infrações registradas por esses equipamentos, 100 mil ficaram impunes.

Do O Estado de S. Paulo