Com uma frota de veículos automotores cada vez maior, os problemas respiratórios decorrentes da poluição atmosférica nas pessoas que residem na capital paulista aumentam principalmente no outono e inverno, época em que os hospitais registram maior quantidade de atendimentos.  Segundo estudos do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP (Universidade de São Paulo), a aglomeração de pessoas em locais menos ventilados e a má qualidade atmosférica agravam o problema e em dias de alta contaminação do ar o risco de morte por doenças respiratórias na cidade aumenta em 12% e as internações hospitalares em 25%.

Diante de um quadro que não apresenta melhoras, uma vez que a megalópole brasileira continua entre as cidades mais poluídas monitoradas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), com milhões de pessoas, de todas as idades, sofrendo com doenças respiratórias e outras enfermidades graves que podem atingir o sistema cardiorespiratório e causar, em casos extremos, mortes.

– Formas de prevenção
O infectologista Edwal Campos Rodrigues, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que as principais IVAS são os resfriados comuns, gripes, amidalites, rinites, sinusites e otites, além de doenças não virais, que podem surgir por conta das mudanças climáticas, que são as sinusites e bronquites alérgicas. \”Uma das formas de prevenir essas doenças é com a vacina anti-gripal, além de boa alimentação, agasalhar-se de maneira adequada e fugir das mudanças bruscas de temperatura. Sucos com vitamina C auxiliam no reforço do organismo nesses períodos\”. Se com todos esses cuidados algum desses vírus prosperar, o infectologista orienta que o paciente evite o uso de antitérmicos e analgésicos a base de ácido acetilsalisílico e antiinflamatórios. \”O ideal é tomar dipirona ou paracetamol, e se houver necessidade, um descongestionante. Repouso e a ingestão de muito líquido compõem o tratamento ideal\”, conclui.