A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – anunciou que nos próximos cinco anos investirá R$ 5 milhões no combate à emissão de fumaça preta por ônibus, caminhões, peruas e picapes. A companhia visa a aplicação mais rigorosa da lei que coíbe a emissão de poluentes, por meio de fiscalização com unidades móveis equipadas com opacímetros, que permitirão aferir com precisão as emissões de fumaça preta. O opacímetro é um equipamento eletrônico que permite, por meio de um feixe de luz, avaliar a densidade da fumaça, coletada por meio de uma sonda introduzida no tubo de escapamento, em um compartimento fechado.

O atual modelo de fiscalização, realizado pela Escala de Ringelmann, feito visualmente por meio de uma escala com cinco graduações de cores, continuará a ser utilizado, pois oferece a vantagem de fiscalização com o veículo em movimento. O opacímetro complementará a fiscalização, ao detectar emissões de fumaça preta, quase invisíveis a olho nu, com o veículo parado. A expectativa dos técnicos da Cetesb é de que os índices de emissão de material particulado dos veículos diesel sejam reduzidos em até 20%, uma vez que a Escala de Ringelmann permite autuar apenas as emissões excessivas detectadas visualmente, o que representa somente 6% dos veículos.

O valor da multa, atualmente, é de R$ 985,20. A Cetesb estabelece parcerias com entidades do setor de transportes, habilitando-as a realizarem medições das emissões por meio de opacímetro e emitirem um documento denominado Relatório de Medição de Opacidade (RMO). Com esse relatório, o proprietário de um veículo multado poderá pleitear a redução da multa em 70%, desde que não se trate de uma reincidência dentro de um período de 12 meses. O Estado de São Paulo possui hoje uma frota de 19 milhões de veículos, sendo que cerca de dois milhões são movidos a diesel.

Fonte: DCI