As montadoras chinesas Sinotruk e Foton anunciaram nesta terça-feira (25/10) que pretendem instalar fábricas em território brasileiro. De acordo com Joel Anderson, diretor-geral da Sinotruk no Brasil, na primeira quinzena de novembro executivos da companhia farão uma reunião com o governo federal para acertar detalhes da instalação de sua unidade fabril. Segundo ele, a empresa já possui um terreno de 275 mil metros quadrados em Curitiba, entretanto, uma área maior poderá ser requisitada para a instalação da fábrica, que atuará em regime de CKD e deve iniciar as atividades já no próximo ano. Joel não deu muitos detalhes sobre a unidade, mas adiantou que em breve a empresa deverá anunciar os volumes de investimentos para a operação brasileira. “O mercado brasileiro está em um momento excepcional, mas é inegável que o IPI foi um dos motivos para antecipar a fábrica no Brasil”, garantiu.
A Fóton, por sua vez, afirma que “os planos para o Brasil vão além da distribuição de caminhões”. Segundo a companhia, “além da importação de veículos a empresa também planeja a construção de uma fábrica no país para 2014. E para isso, a montadora chinesa conta com total apoio da Foton Aumark do Brasil, que continuará responsável pela distribuição dos caminhões da marca no País”.
Outra chinesa que está iniciando suas operações no Brasil é a Shacman, que optou por se consolidar no mercado nacional antes de fazer definições quanto à instalação de uma fábrica. Segundo João Capussi, diretor comercial da Metroshacman – empresa responsável pela introdução dos caminhões da marca no Brasil -, a meta é consolidar uma rede de concessionárias com aproximadamente 30 casas e comercializar um lote mínimo de mil caminhões até o final de 2012. “Depois, com o crescimento sustentado no volume de vendas e no número de concessionárias, pretendemos, nos próximos três anos, alcançar a participação superior a 3% de mercado de caminhões”, destaca. O executivo acrescenta que o planejamento da rede de atendimento é prioridade absoluta do grupo no momento. “Estamos postergando a introdução do produto no mercado para não cometer o equívoco de iniciar sem que a rede de assistência técnica e reposição de peças estejam completamente estruturadas”, conclui.