Reunião realizada por empresários do setor de transportes e logística na sede do Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul), no final da tarde de quinta-feira (03/02) autorizou reajuste de 14,15% nos preços dos fretes do Estado, mas há a expectativa de que seja aplicada por todo o Brasil. A decisão confirma as medidas apresentadas no encontro nacional da categoria, ocorrido no último dia 18 de janeiro, na sede da NTC & Logística, em São Paulo

Além de levar em conta a rentabilidade das companhias do setor, o encontro considerou outros fatores como a pressão do aumento do salário dos trabalhadores, restrições de caminhões, falta de motoristas, veículos e a necessidade de renovação de frota.

O presidente do Sindicato, José Carlos Silvano, disse que entre as justificativas da alteração está o fato do Rio Grande do Sul ter uma das piores tarifas do país e ainda destacou que o setor tem enfrentado pesados custos com o óleo diesel. “O mais caro e o mais impuro do mundo”, enfatizou. Abertura de novas praças de pedágios, restrições urbanas de trânsito, alto fluxo nas rodovias e a demora das entregas em grandes redes comerciais também estão entre as causas do aumento. “O tempo de entrega  obriga-nos a cobrar a Taxa de Dificuldade de Entregas, a chamada TDE”, explica Silvano.

O presidente ainda explicou que para o setor se preparar para atender a demanda de crescimento prevista para os próximos anos e fazer os investimentos necessários em renovação de frota, melhorias em tecnologias e terminais de cargas, sobretudo treinamento e melhores condições de trabalho para reter mão de obra especializada é necessário o reajuste.