Entre janeiro e setembro, a indústria de implementos rodoviários registrou queda de 41,02% no volume de produtos emplacados, segundo informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários – Anfir. No período, as empresas do setor entregaram aos transportadores 69.053 unidades contra 117.078 registradas no mesmo período do ano passado.
O presidente da entidade, Alcides Braga, acredita que a recuperação dessa queda registrada não deverá acontecer antes de 2017 e acrescenta que as informações dos indicam que a economia vai seguir desaquecida também em 2016.
Braga executivo destaca que nos momentos de crise é preciso ter coragem para investir em ações e cita a presença maciça de empresas do setor na Fenatran. “Estamos diante de uma situação de mercado difícil e é a hora de mostrarmos nosso posicionamento firme em favor da realização dos negócios na maior feira do setor”, complementa.
A queda maior registrada este ano, de 46,27%, aconteceu na linha de reboques e semirreboques pesados, com o emplacamento de 22.586 unidades, contra 42.038 nos primeiros nove meses de 2014. Ainda de acordo com dados da Anfir, na linha leve (carroceria sobre chassis), a retração ficou em 38,08 %, com a entrega este ano de 46.467 unidades. No mesmo período do ano passado foram emplacados 75.040 unidades.
O diretor executivo da Anfir, Mário Rinaldi, lembra que o segmento produtor de implementos rodoviários depende essencialmente do desempenho da economia que no momento não é bom. “A indústria sofre diretamente os efeitos do desaquecimento de atividade dos demais segmentos econômicos”, justifica.
Rinaldi explica que os implementos rodoviários são responsáveis pelo transporte de mais de 60% de todas as mercadorias que circulam pelo País. “De insumos a produtos importados tudo que se desloca por via rodoviária o faz em um implemento rodoviário. Assim qualquer redução ou mesmo interrupção nos negócios de algum segmento afeta diretamente o setor”, conclui.