Empresas do setor de caminhões fecharam 2,7 mil postos de trabalho

A indústria automotiva fechou 5,3 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2012. O número se refere aos diversos segmentos que compõem a cadeia, como montadoras, fabricantes de peças e componentes eletrônicos.

Os dados, que pertencem ao Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego, revelam bem a fase pela qual passa o setor. Ajudadas pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), crédito via compulsório e outros benefícios do programa Brasil Maior, as montadoras ainda conseguem apresentar números positivos. O mesmo não ocorre com o mercado de autopeças, já que vêm sendo substituídas por itens estrangeiros.

Representantes da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos) vão tratar desse assunto nesta terça-feira, 31/07, em reunião no Ministério da Fazenda. Utilizarão os números para mostrar que não estão cortando empregos, o que estaria na contramão do compromisso assumido com o governo quando o IPI foi reduzido.

Na pauta da reunião, está também a continuação das negociações para regulamentação do regime automotivo, que vale de 2013 a 2017. O governo ofereceu desoneração ao setor, mas em troca quer mais investimentos em inovação e tecnologia, além de ampliação de uso de componentes nacionais nos veículos e eficiência energética.

No período, a indústria de caminhões fechou 2,7 mil vagas. \”A situação do segmento de caminhões preocupa. Ninguém gosta de demitir\”, disse o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Flávio Meneghetti.

Fonte: O Estado de S.Paulo