Mesmo com multa, movimento dos motoristas continua

Até o fim da manhã desta sexta-feira (13/11), motoristas de caminhão mantinham bloqueadas algumas rodovias do País, como é o caso da BR-153, em Colinas do Tocantins/TO, mesmo após a medida provisória do governo ter sido publicada na última quarta-feira (11/11) no Diário Oficial da União. A medida aumentou a multa de R$ 1.915,00 para R$ 5.746,00 para aqueles que bloquearem as rodovias do País e para R$ 19.154,00 para os organizadores das manifestações. O protesto foi iniciado segunda-feira (09/11) e provocou bloqueios em trechos de rodovias de 14 Estados.

O movimento convocado pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), tinha como reivindicações a redução do preço do diesel, criação do frete mínimo, salário unificado em todo o País e a liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos.

No entanto, em declaração de Ivar Luiz Schmidt, criador da página do facebook “Comando Nacional de Transporte” o movimento tem como única reinvindicação o impeachment da presidente Dilma Rousseff. E, este teria sido um dos motivos para que entidades ligadas à categoria não compactuarem com as manifestações.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, a convocação e o reconhecimento legítimo de uma greve deve passar obrigatoriamente pela elaboração de uma pauta de reivindicação específica da categoria que representam, para ser aprovada em assembleia geral. “Não é bem isso que está acontecendo já que os interesses defendidos nesses atos são unicamente políticos e não estão relacionados com os interesses dos motoristas de caminhão. É por esse motivo que não estamos apoiando o movimento”, explicou o presidente da CNTA.