Muitos motoristas não são sabem se proteger das baixas temperaturas

1589As baixas temperaturas que atingem o Sul do País neste inverno, batendo recordes históricos, têm afetado principalmente os carreteiros que atuam no transporte internacional e que, depende de longas esperas para a liberação de cargas em Uruguaiana/RS, fronteira do Brasil com a Argentina.

As filas quase sempre são enormes e há casos frequentes em que a burocracia emperre a liberação do caminhão por vários dias. E, com o rigor deste inverno, com temperaturas muito baixas, os motoristas sofrem, principalmente os que dormem na cabine.

Para os que viajam para o Chile, acostumados com os rigores das nevascas nas Cordilheiras dos Andes, é comum o uso de trajes especiais, os macacões térmicos, além de muitos cobertores. Porém, há carreteiros do centro do País que apenas trazem a carga para o transbordo em Uruguaiana e não estão acostumados ao frio intenso do inverno gaúcho.

Por isso, é comum encontrar pessoas resfriadas e até mesmo sem condições de procurar medicação ou atendimento médico, afinal, não podem deixar o caminhão sozinho num posto de combustível ou na fila do Porto Seco. A mesma situação – ou até pior – acontece com frequência nas épocas de inverno com o fechamento da passagem das Cordilheiras em razão das nevascas, obrigando os motoristas a longas esperas em pátios de postos de combustíveis, associações de motoristas ou locais especiais oferecidos pelas autoridades policiais. Lá, o problema também é grande, até mesmo para a alimentação e o uso de instalações sanitárias. Além do frio, é claro.

Evilazio de Oliveira, de Uruguaiana/RS