Uma obra de recuperação no quilômetro 66 da BR-116, no município de Campina Grande do Sul (Região Metropolitana de Curitiba), causou o rompimento dos cabos de transmissão de internet e telefonia nesta semana. Segundo informações divulgadas pela Autopista Régis Bittencourt, concessionária que administra o trecho, o incidente aconteceu na tarde de quarta-feira (25/04) e deixou milhões de usuários do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul sem acesso aos serviços por aproximadamente quatro horas.
De acordo com a Autopista, o serviço foi reestabelecido pela empresa Level 3, responsável pelo cabeamento de fibra ótica danificado. A empresa admitiu que houve uma interrupção temporária do serviço, mas afirmou que “o backbone de internet no Brasil é fornecido por várias empresas, que utilizam caminhos e planos de contingência distintos e que os problemas que afetaram o backbone da empresa não seriam suficientes para causar a interrupção total nos serviços de internet e telefonia para a Região Sul”.
A Level 3 não informou quais são as outras empresas nem revelou quais são as operadoras para quem presta serviço. Durante a pane, Copel, GVT, TIM, Claro e Vivo registraram problemas de instabilidade e falha nos sinais.
Para Alexandre Pohl, professor de Telecomunicações da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a interrupção total do serviço por várias horas evidenciou a falta de um plano de contingência por parte da empresa responsável pelo cabeamento danificado.
Segundo ele, o sistema de telecomunicações é bastante eficiente e pode captar rapidamente a interrupção do sinal, fazendo o desvio para uma rota alternativa. “Em caso de rompimento, pode haver instabilidade e lentidão em decorrência da sobrecarga de tráfego em uma rota, mas não a queda total do sistema de transmissão por tanto tempo. Tudo indica que não havia uma rota alternativa ou que ela não funcionou”, diz.

Fonte: Gazeta do Povo