Estatal diz que é preciso reduzir perdas com importação desse combustível

1442A presidente da Petrobras, Graça Foster, defendeu nesta semana um novo reajuste no preço do diesel no mercado interno. Segundo ela, como a estatal compra combustível com preço mais alto do que o de revenda, a defasagem de preços é um dos fatores responsáveis pelo prejuízo de R$ 1,3 bilhão da companhia no segundo trimestre deste ano.

Graça Foster destacou que mesmo com os aumentos de 8% da gasolina e de 4% do diesel nos últimos dias, não foi possível garantir a paridade entre os preços externo e interno.

A presidente da Petrobras também explicou que o resultado negativo da companhia – o primeiro nos últimos dez anos – reflete principalmente a depreciação do real em relação ao dólar e diz que o ideal para a companhia seria que a moeda estrangeira oscilasse entre R$ 1,95 e R$ 2. \”O prejuízo não vem só por conta da defasagem de preços [dos combustíveis]. Tivemos uma valorização bastante expressiva do câmbio e esse resultado não foi surpresa para nós\”, afirmou.

Para reverter o prejuízo, a estatal informou ainda que pretende diminuir a dependência do mercado externo, do qual comprou U$ 6 bilhões de diesel e gasolina no primeiro semestre. Prevê ainda aumento do processamento nas refinarias, a entrada em operação da unidade Abreu e Lima (PE), de plantas de beneficiamento de diesel, e também aposta no aumento da adição do etanol à gasolina – o que permitiria importar menos deste combustível.

Graça Foster também afirma ainda que, independente da autorização para aumento de preço dos combustíveis e do câmbio, é possível aumentar a eficiência da empresa e reduzir custos.

Da Agência Brasil