A ABR – Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus orienta que um pneu reformado gera uma economia de até 57% por quilômetro rodado e que a Recaufair-Pneushow 2008, que trata de assuntos do setor, será realizada de 5 a 8 de maio, em São Paulo. De acordo com a entidade, existem mais 1,5 mil reformadoras instaladas no País, em sua maioria de pequeno porte, as quais somam um faturamento de R$ 4 bilhões por ano e geram 60 mil empregos, entre diretos e indiretos. Além disso, o Brasil é responsável por uma produção superior a 18 milhões de pneus por ano
– Importação de carcaças
Diante da necessidade de pneus aptos para a reforma, a proibição da importação de carcaças gerou um efeito direto sobre o segmento.
Queiroz do Valle, diretor-executivo da ARESP – Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo, defende a liberação da importação, porém de forma criteriosa. \”A empresa que importa deve provar que tem capacidade para remoldar. No cenário atual, governo e parte da indústria de fabricantes de pneus novos argumentam que tal prática é desnecessária. Para eles, esses produtos tornam-se lixo quando chegam ao País\”. Atualmente, para cada quatro pneus novos comercializados, cinco carcaças inservíveis devem ter um destino ambientalmente correto.
\”Na contramão dessa perspectiva, \”os defensores da importação chamam atenção para uma realidade diversa: no Brasil não existiriam carcaças de boa qualidade. Isso porque, em relação a europeus e americanos, o Brasil segue em franca desvantagem em aspectos como condições de ruas e estradas\”.