Em 2019 houve uma queda de 17% nas ocorrências de roubo de carga no País. De acordo com a estatística da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) em 2019 foram computadas 18.382 ocorrências contra 22.183 casos verificados em 2018. Os números de 2019 também ficaram abaixo das 25.970 computadas em 2017.
Apesar da queda de quase quatro mil delitos em 2019, ainda é uma quantidade muito alta de roubos de carga. Os prejuízos foram computados em R$ 1,40 bilhão.
Segundo o Presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “a pesquisa continua apontando uma considerável redução se comparada ao ano de 2018, mas estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e precisamos continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais”.
“Os números do roubo de cargas no país, embora caindo, ainda são inaceitáveis. Os roubos ocorrem porque os receptadores, que compram as cargas roubadas e incentivam o crime, estão impunes, por conta de uma legislação arcaica. Temos urgentemente que agravar as penalidades para esse delito, tanto a pena para a pessoa do receptador como para o seu estabelecimento, que deverá ter a licença de funcionamento cassada”, comentou o vice-presidente para assuntos de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira.
Nesse cenário, a região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando com 84,26% das ocorrências. Em seguida, aparece a região Sul, com 6,52%; Nordeste, com 6,29%; Centro-oeste, 1,69%; e por último a região Norte, com 1,24%.
Roubo de carga por região
Na região Sudeste, a de maior incidência de roubos, o campeão continua sendo o Rio de Janeiro, onde os registros chegaram a 40,56%, seguido por São Paulo, 39,85%. Juntamente com Espírito Santo e Minas Gerais, somam um total de R$ 952,93 milhões de prejuízo. Logo em seguida aparece a região Nordeste, com R$ 157,84 milhões; Sul, com R$ 133,11 milhões; Centro-oeste, com R$ 106,39 milhões; e Norte, atingindo R$ 47,81 milhões.
O levantamento também revela os produtos mais visados pelos delinquentes que são os alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e têxteis e confecções.