Transportadores mantém pé no freio; concessionárias buscam clientes

O aumento de preço, a dificuldade em conseguir financiamento e até as novas exigências para motores menos poluentes provocaram a queda nas vendas de caminhões no Brasil. Não foi a arrancada que o setor esperava. No primeiro trimestre do ano passado foram vendidos no País 37.631 caminhões. Este ano, no mesmo período, 34.349, queda de quase 9%.

As vendas caíram porque bancos estão mais duros na hora de liberar o crédito e os caminhões novos estão, em média, 15% mais caros. Eles vêm de fábrica com uma nova geração de motores que só aceita um diesel especial, ecológico, de baixo teor de enxofre. O diesel S-10 gera apenas dez partículas de poluentes por milhão, bem menos que o tradicional, de 1,8 mil partículas. Poluição que cai, preço que sobe em média R$ 0,15 por litro.

A velocidade de investimento já não é a mesma nas transportadoras. Todo o ano uma empresa de Ribeirão Preto comprava entre 10 e 15 carretas. Desta vez, com o crédito mais restrito e os caminhões mais caros, o dono decidiu: vai manter a frota do jeito que está porque acredita que não seja hora de fazer investimento.

 Do Bom Dia Brasil