Um caminhão Volvo FH elétrico, com 40 toneladas de PBTC, foi testado na Alemanha pelo jornalista especializado em veículos pesados, Jan Burgdorf. Após ter percorrido uma rota de 343 quilômetros incluindo várias autoestradas, terrenos montanhosos e pistas estreitas usadas por diferentes fabricantes de caminhões para testar seus produtos, o veículo apresentou resultados positivos.
Tracionado por bateria de 490 kW de potência contínua (equivalente a pouco mais de 660cv), e capacidade total de 540kWh, o FH elétrico viajou durante todo o percurso em velocidade de 80km. Pelo consumo estimado pelos técnicos da Volvo, de 1,1kWh por quilômetro rodado, a autonomia total do veículo era de 345 quilômetros com uma carga.
Para o diretor de testes de Imprensa da Volvo Trucks, Tobias Bergman, o resultado do teste mostrou que havendo uma pequena parada para recarga, durante a hora do almoço do motorista, é possível dirigir até 500 durante um dia de trabalho normal.
Quanto à avaliação do jornalista alemão, o caminhão é mais ágil do que um equivalente a diesel. Em sua opinião, os motoristas ficarão muito surpresos, especialmente em relação à facilidade de condução, o silêncio e as respostas rápidas sem qualquer vibração. Outro modelo pesado da Volvo, o FM, já é vendido na Europa, sendo que um único transportador comprou 125 unidades para sua frota.
A questão em pauta na Europa sobre caminhões elétricos é a instalação de pontos de recargas nas estradas e terminais de carga e outros locais onde for preciso. Um recente relatório do setor de transporte apontou a necessidade de instalação de milhares de pontos de carregamento de alto desempenho públicos, sendo 15 mil pontos até 2025 chegando a 50 mil até 2030.
Uma das grandes ações neste sentido está na parceria entre assinada na Europa no final de dezembro entre os Grupos automotivos Daimler Truck & Bus (fabricante dos caminhões Mercedes-Benz, Freightliner, Western Star); Volvo Trucks (caminhões Volvo, Mack e Renault Trucks) e TRATON (Caminhões Scania, MAN e Volkswagen) no sentido de tornar o projeto uma realidade.