Ser motorista de caminhão não é nada fácil. Além de todas as dificuldades já conhecidas por todos os usuários de rodovias como a falta de segurança e sinalização e estado precário de conservação da malha viária, esses profissionais enfrentam um grande desafio no dia a dia: a saudade de casa. São dias longe da família, de momentos importantes e de datas comemorativas. Neste domingo será comemorado o Dia dos Pais e o Portal o Carreteiro recebeu muitas fotos de filhos de motoristas que prestaram homenagem aos seus “heróis da estrada”, mostrando que a distância não é capaz de superar o orgulho que sentem pela profissão escolhida pelos seus pais.

Alexandre e Matheus
Alexandre e Matheus

“Meu pai foi carreteiro por 25 anos. Era difícil ver ele sair para viajar pois passava aniversários e algumas reuniões longe da gente. Mas, ao mesmo tempo era ótimo quando podíamos ir com ele, pois passávamos mais tempo juntos”, lembrou Alexandre Fernandes de Oliveira, 20 anos, de Belo Horizonte/MG. Ele conta que no dia 2 de abril de 2005 a mãe faleceu e o pai, Matheus Rosa de Oliveira, estava viajando. “Ele estava trabalhando mas voltou correndo para casa quando soube. Ele abandonou o emprego e até hoje não conseguiu mais viajar. Atualmente está com 49 anos e sonha em voltar para a estrada”, disse. Alexandre garante que não pensa em seguir a profissão do pai. “Durante todos esses anos eu vi quanta coisa meu pai perdeu com a família então decidi ir para outro caminho”.

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Paulo Roberto

Para a pequena Angélica Pereira, de sete anos, é muito difícil ficar longe de seu pai Diones Pereira, de Penha/SC apesar de admirá-lo. Conversamos com ela na sexta-feira (12/08) quando estava se preparando para uma apresentação na escola. “Hoje é um dia bem difícil para mim pois tem apresentação em homenagem ao dia dos pais e ele não vai poder estar lá”. Apesar desses momentos complicados de ausência, Angélica diz gostar bastante da profissão escolhida por ele. “Sempre que dá ele nos leva para viajar. Eu já conheci muitos lugares. A saudade é grande quando ele viaja mas eu entendo que é a profissão dele. Eu amo meu pai”.

Ouça uma parte do depoimento da Angélica:

Angélica e Diones
Angélica e Diones

Diones
Diones

por Daniela Giopato