A qualidade das rodovias está diretamente ligada ao aumento significativo do consumo de combustível e consequentemente, de custos para o transportador. Além disso, interfere diretamente no meio ambiente. Afinal, quando um veículo trafega em uma estrada com infraestrutura adequada tem maior eficiência energética e assim emite menos gases de efeito estuda.
Estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) com dados da Pesquisa CNT de Rodovias, indicou que o pavimento inadequado da malha viária — classificado como regular, ruim ou péssimo — aumenta em 5,0% o consumo de diesel dos veículos que por ela trafegam,
em comparação às rodovias de boa ou ótima qualidade. Os pavimentos que apresentam inadequações como trincas, ondulações,
buracos resultam em uma queima de combustível fóssil desnecessária e aumentam a emissão de gases poluentes.
Outro ponto é que as irregularidades nas rodovias obrigam os motoristas a realizarem frenagens frequentes, resultando em mudanças bruscas de velocidade, o que acarreta o consumo excessivo de combustível. Além disso, reduz a vida útil dos veículos e também de seus componentes como pneus e suspensão. Isso porque, o aumento de trepidações gera vibrações no veículo.
Conforme descrito na Pesquisa CNT de Rodovias, para atingir a neutralidade de emissões pretendida até 2050, conforme previsto
nas Contribuições Nacionalmente Determinadas do Brasil é fundamental que haja investimentos na adequação das rodovias, a fim de torná-las mais seguras, eficientes e competitivas, auxiliando, o setor de transporte no seu processo de descarbonização.
Qualidade das rodovias tem pequena melhora
Dados divulgados pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e pelo Sest Senat, através da Pesquisa CNT de Rodovias 2024, que avaliou 111.853 quilômetros de vias pavimentadas (67.835 quilômetros da malha federal (BRs) e 44.018 dos principais trechos estaduais) indicaram uma pequena melhora na qualidade das estradas. Do total de rodovias analisadas 7,5% foram classificadas como ótimas, 25,5% como boas, 40,4% como regular, 20,8% ruim e 5,8% péssimo.
A classificação do Estado Geral compreende três principais características da malha rodoviária: o Pavimento, a Sinalização e a Geometria da Via. Levam-se em conta variáveis como condições do pavimento, das placas, do acostamento, de curvas e de pontes.
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