Depois de 120 dias de trabalho, o plenário da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, ontem (27/04), o relatório final da Comissão Especial de Rodovias, que será encaminhado aos governos federal e estadual. O relatório aponta como principais motivos da crise no setor rodoviário a falta de investimentos em estradas e o atraso nos pagamentos por parte da União e do Estado. A comissão, presidida pelo deputado Marco Peixoto apurou que a União deve R$ 40 milhões às empreiteiras e o Estado R$ 150 milhões. Em 1998, o setor empregava 25 mil trabalhadores. Hoje, são sete mil. Além do desemprego, a crise está provocando atraso no salário dos operários. Os primeiros R$ 25 milhões da Cide, a contribuição sobre a venda de combustíveis repassados pelo governo federal – entraram no caixa único do governo gaúcho. Desse total, cerca de R$ 19 milhões ficam para o Estado e o restante vai para os municípios e deve ser usado em obras de infra-estrutura de transportes, como é o caso da Rota do Sol, paralisada há mais de um mês por falta de recursos. O dinheiro da Cide será repassado para as contas do Estado de três em três meses.