Uma nova decisão judicial autorizando o fechamento da via alternativa à praça de pedágio na RS-122 – entre os municípios de Farroupilha e Caxias do Sul, na Serra gaúcha –, na tarde de terça-feira, revoltou os usuários da rodovia e moradores de Linha Julieta, em Farroupilha, por onde passa a estrada. Cerca de 200 pessoas impediram a passagem de veículos por três horas no pedágio.
O grupo colocou pedras, galhos de árvores e proteções de concreto na estrada. Após um acordo entre os manifestantes e a (BM) Brigada Militar, ao final da tarde, a via foi liberada. As manifestações tiveram início quando funcionários da Convias – concessionária da rodovia, colocaram uma guarita e uma corrente na via de acesso à Vila Julieta e que serve de desvio ao pedágio. A intenção era instalar um posto de checagem na entrada da estrada vicinal, liberando o tráfego apenas àqueles que residiam na localidade.
A triagem seria feita por intermédio de uma listagem elaborada previamente com o nome dessas pessoas – os funcionários da Convias não quiseram informar os nomes incluídos na lista. A barreira causou revolta e indignação a moradores e usuários da rodovia, que começaram a promover um quebra-quebra. Houve troca de empurrões e ofensas entre os policiais rodoviários estaduais e os manifestantes.
Os policiais militares solicitaram reforço ao POE (Pelotão de Operações Especiais), de Caxias do Sul. Cerca de 20 PMs de Farroupilha estiveram no local. Outros 20 PMs permaneceram em alerta na praça de pedágio.
Ficou estabelecido um acordo em que um representante da Convias negociará hoje, em Porto Alegre, com o comando da corporação a melhor forma de cumprir a medida judicial, sem prejudicar moradores e sem representar perigo à população. Dessa forma, o desvio fica liberado até que uma solução seja definida.
