As concessionárias de rodovias no Paraná pretendem repassar o valor da tarifa de pedágio das motos às outras categorias de veículos. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, se isso realmente ocorrer, o aumento do custo deverá ser repassado ao frete. \”Com isso, conseqüentemente o valor também será repassado para o consumidor no preço final do produto. Será uma cadeia de reajustes\”, argumenta.

O fato é que em 18 de dezembro de 2007, o Governador do Paraná, Roberto Requião, sancionou a Lei Estadual 15.722, isentando motos da cobrança de pedágio. No dia seguinte, cinco das seis concessionárias do Estado obtiveram liminar do Superior Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, suspendendo a ação. Em 19 de setembro, a pedido do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o TRF-4 revogou a liminar. Desde então, a isenção está em vigência, com exceção nos trechos entre Curitiba e Apucarana, Ponta Grossa e Jaguariaíva, administrados pela Rodonorte. Ao contrário das outras concessionárias, a Rodonorte entrou com Mandado de Segurança na justiça estadual e aguarda decisão.

Para Nunes, as conseqüências em torno da discussão sobre se moto deve ou não pagar pedágio serão inevitáveis. Ele lembra que as concessionárias não vão querer sair no prejuízo e os valores deverão ser reajustados. \”Achamos os preços cobrados nos pedágios paranaenses muito elevados, mas também não podemos concordar com benefícios a determinadas categorias como é o caso das motocicletas, onerando outras\”, finaliza.