O mercado de caminhões segue em queda no mês de junho, conforme dados divulgados pela Fenabrave. No mês foram emplacados 7.722 caminhões, retração de 2,17% em relação a maio. Quando comparado a junho de 2022, onde foram emplacadas 10.854 unidades a queda foi ainda maior, de 28,86%. No acumulado de janeiro a junho foram negociados 50.352 caminhões, 12,20% a menos que as 57.282 unidades do mesmo período de 2022. Para o presidente da federação, José Maurício Andreta Júnior, os principais problemas enfrentados esse ano pelo mercado de caminhões é a chegada dos caminhões Euro 6, disponibilizados com valor 20% superior a linha anterior.

“Os transportadores anteciparam a compra dos veículos Euro 5 e isso fez com que a demanda para os veículos novos ficasse baixa. Além disso o mercado de pesados depende do PIB, planos de financiamento e indústria. Atualmente o agronegócio está sendo o carro chefe do transporte”, explicou.

Mercado de caminhões: renovação de frota

Em relação a inclusão dos caminhões na MP 1175/23, José Maurício explica que ainda são necessários alguns ajustes para que o mercado realmente seja estimulado. “É necessário que o plano permita que o caminhoneiro com caminhão com 30 anos de uso consiga trocar para um de 20 e o de 20 para um de 10 e assim criar condição para garantir essa renovação. Hoje é impossível um caminhoneiro se desfazer de um caminhão com 30 anos e com o valor recebido comprar um zero quilômetro”, afirmou.