Conforme levantamento da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), após o mais recente aumento da tarifa de pedágio, a perda para o produtor de milho de Maringá/PR será de 21%. Das 12,54 milhões de toneladas de soja e milho exportadas através do Porto de Paranaguá, mais de 65% foram transportadas por caminhões. Para se ter uma idéia do valor do pedágio que deverá ser pago, um carreteiro, que sai de Maringá com destino ao porto, com um veículo de carga de cinco eixos e 27 toneladas do produto, passará por 14 praças de pedágio, no sentido ida e volta, e gastará R$ 292,00. Esse montante eqüivale a mais de 19 sacas de milho, ou cerca de sete sacas de soja. De acordo com a Ocepar, a maior parte da safra vem de regiões mais distantes do porto e, neste caso, recebem um maior impacto dos custos de pedágio. A entidade concluiu que a competitividade do agronegócio do Paraná é de risco devido aos custos de pedágio no transporte da safra. Já a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) contesta a Ocepar. \”Esquecem os benefícios proporcionados pela qualidade das rodovias, que trazem até 38% de redução nos custos em peças, pneus, combustível e tempo de viagem\”, afirma João Chiminazzo, diretor regional da ABCR.