Grupos de Whatsapp se mobilizam para promover uma nova paralisação dos caminhoneiros no próximo dia 30 de março.  A categoria afirma que pretende parar em diversas regiões do País.

Apesar de aparentemente a manifestação não ter a mesma força e adesão da última paralisação ocorrida no ano passado, o Governo através do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já está atento ao movimento e possíveis articulações. A ideia é evitar que o movimento ganhe força e paralise o Brasil impactando negativamente na economia.

A principal pauta de discussão gira em torno do não cumprimento dos compromissos assumidos no governo anterior para colocar fim a greve do ano passado. Alguns motoristas entendem que nada mudou no dia a dia da estrada tornando bastante complicado viver da profissão.

Em relação as revindicações os destaques são o cumprimento do piso mínimo no preço de frete e uma mudança no regime de reajuste do diesel, de diário para mensal. No caso da tabela de frete, a categoria reclama de empresas que insistem em não cumprir o valor mínimo de frete e a falta de fiscalização por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Apesar da possibilidade de uma nova manifestação, uma das principais lideranças do movimento de 2018, Wallace Ladim, o Chorão se posiciona contra assim como a União Nacional dos Caminhoneiros e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros. Por outro lado, o líder do grupo mineiro Caminhoneiro Brasileiro, Olívio Henrique Souza acredita que a adesão será maior até sexta-feira.

O Ministério da Infraestrutura informou que ouviu lideranças do setor na última sexta-feira. Outra ação para conter a manifestação foi o encontro do Chorão com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e a diretoria da  ANTT para discutir, entre outras pautas, a fiscalização do cumprimento do pagamento mínimo de frete.

Veja algumas opiniões em grupos de Whatsapp

As opiniões também se dividem entre os motoristas. Jogamos a matéria no nosso grupo de Whatsapp e alguns motoristas opinaram a respeito da possível paralisação no próximo dia 30.

“Eu não concordo. Acho que estão querendo muito e se aproveitando”, Saulo Marques Batista, Itapetininga/SP

“Acho isso só um boato parece ser movimento de políticos. Estou vindo de Porto Alegre com destino a São Paulo e não vi nenhum comentário a respeito de movimento de paralisação”, Dalzizo Evangelista de Souza, Apiai/SP

“Não dá em nada essas paralisações, só traz transtornos e nós motorista ficamos ai largado em beira de rodovia”, Roberto Aparecido Moreno, Lençóis Paulista/SP

“A maioria dos sindicatos ligados aos caminhoneiros não apoiam e não querem, essa suposta paralisação. Parar agora é atrapalhar a economia e causar mais prejuízo ao setor, não vai ter nada de paralisação, talvez tenha uns baderneiros que não são ligados ao setor, pura politicagem. Piada essa suposta paralisação kkk”, Davi Meira, Mauá/SP

“Eu concordo.  Eles são o baluarte da nossa luta. Devem parar tudo. Mas o povo deve ajudar e não boicotar a greve deles”, Levi Marcelo, Sorocaba/SP SP

“Apoio sim. Sobre melhorar o diesel, segurança, as BR,  frete, entre outras coisas”.
Gilmar Santos, Caravelas do Sul/BA

“Tem que parar sim somos uma classe muito sofrida”
Sebastião Gonçalves da Silva, Volta Redonda/RJ

“O momento político atual, não me parece favorável a uma paralisação do caminhoneiros. Obviamente que a reinvindicações são justas. Mas, caso haja uma paralisação, que haja um planejamento no sentido de que a maioria e falo de maioria expressiva, parem os caminhões em suas casas e ou garagens. Por quê? A não obstrução das estradas, não causará problemas à circulação das pessoas. O país se tornará um deserto,vide propaganda que mostra a situação sem caminhões nas estradas. A pauta de revindicação terá que ser voltada para o custo direto do transporte, ou seja; o preço dos combustíveis. Isso se acontecer… Devemos ter o cuidado de não sermos usados como massa de manobra político- partidária.”
Nilton Gomes, Vitória/ES