O Grupo Agropalma irá instalar uma usina que vai produzir biodiesel através dos resíduos do óleo de palma, no bairro de Tapanã, em Belém/PA. O empreendimento demandou investimentos da ordem de R$ 3 milhões e terá uma capacidade de produção de aproximadamente 8 milhões de litros por ano. O combustível foi batizado como palmdiesel e foi desenvolvido em parceria com a Escola de Química da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Segundo o professor Donato Aranha, coordenador dos estudos do novo combustível, “é possível aproveitar 95% dos ácidos graxos retirados do óleo de palma no processo de refino. Além do reaproveitamento, produzir um biodiesel com esse subproduto resulta num combustível mais puro e muito mais barato, isento de glicerina, que é poluente. Outro ponto positivo é que os motores tradicionais não precisam ser adaptados”, ressalta Aranha. A nova usina vai produzir biodiesel suficiente para substituir 100% do diesel convencional que a companhia utiliza atualmente em seus tratores, veículos e implementos utilizados no cultivo da palma – cerca de 3 milhões de litros por ano -, sendo que o excedente será comercializado. “A patente será da UFRJ, mas o direito de utilização no período de validade dessa propriedade – 20 anos – é de exclusividade da Agropalma”, explica Marcello Brito, diretor comercial da empresa. No ano passado, o País consumiu 36 bilhões de litros de diesel convencional e importou o equivalente a US$ 800 milhões. “Esse biodiesel permitirá à Agropalma baixar as emissões de CO, possibilitando a comercialização de créditos de carbono”, conclui o executivo.