Sem perspectiva de um reajuste interno dos preços dos combustíveis, a Refinaria Ipiranga está estudando alternativas para recuperar resultados positivos. Ontem, (19/08), Bolívar Moura, membro do conselho superior e do comitê executivo da Empresas Petróleo Ipiranga, esteve em audiência com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. “O engajamento do governador na interlocução com as autoridades federais é muito importante na solução do problema”, disse Moura ao sair da audiência. A Refinaria Ipiranga importa 100% do petróleo que refina, a preços internacionais. Como a Petrobras não reajustou os preços dos combustíveis no Brasil desde que a disparada nas cotações fez o barril superar U$ 40, a indústria enfrenta prejuízo. Em tese, a empresa tem liberdade para fixar preços, mas como a Petrobras representa 98% do mercado nacional, na prática torna inviáveis os aumentos das concorrentes. “Quem dita o preço é a Petrobras”, resumiu Bolívar Moura. Segundo ele, a refinaria está “estudando alternativas”. Descartou, no entanto, a paralisação, a venda e a reconversão da indústria. Sobre o fechamento, foi enfático: “Isso não está em cogitação”. Um dos planos da refinaria é elevar a proporção de nafta petroquímica e de produtos especiais, obtendo maior retorno e atuando num mercado menos controlado.