O Carnaval de 2005 foi o mais violento dos últimos três anos no trânsito gaúcho. Entre as 12h de sexta-feira (04/02) e a noite de terça-feira (08/02), pelo menos 25 pessoas morreram em ruas e estradas do Rio Grande do Sul. É o dobro dos óbitos computados no Carnaval anterior. O diretor-técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), João Batista Hoffmeister, afirma que houve uma mudança de cenário neste Carnaval, em comparação com o do ano passado, quando as mortes ficaram em 11. “O Carnaval do ano passado não ocorreu no início do mês, que é quando saem os pagamentos de salário. Como conseqüência, houve neste ano um volume muito maior de pessoas se deslocando. Só no Litoral Norte ingressaram 32% a mais de veículos, o que significa um acréscimo de 56 mil carros. Isso é muito expressivo”. A Polícia Rodoviária Federal trabalhou no feriado com 90 viaturas, 10 motos, 17 radares, 15 bafômetros e 580 policiais. A Polícia Rodoviária Estadual colocou nas rodovias 896 homens, 90 viaturas, 24 radares e 10 bafômetros. Na Capital, 106 agentes de trânsito foram mobilizados, e a operação de feriado incluiu ainda 35 carros, 23 motos, dois radares móveis e seis bafômetros. O diretor-técnico do Detran observa que as mortes se deram principalmente onde a fiscalização tem dificuldade de chegar. “É muito difícil o braço do Estado atingir essas localidades e trechos com volume de tráfego sem expressão. Temos que colocar nossos meios onde há mais volume”, diz.