Com o fim da greve dos técnicos do Tesouro Nacional, os auditores fiscais do órgão que atuam na aduana em Uruguaiana/RS, na fronteira do Brasil com a Argentina, iniciaram uma paralisação de 96 horas, a ser concluída na sexta-feira e que está provocando extensas filas de caminhões à espera da liberação das cargas internacionais. Segundo o vice-presidente do Unafisco/Sindicato, Davidson Oliveira, com exceção das chefias e dos delegados, todos os auditores aderiram à paralisação. Os pátios do porto seco rodoviário estão sendo gradativamente ocupados. Em média, 650 caminhões passam pela aduana em condições normais.
A greve foi deflagrada porque os fiscais não aceitaram a proposta apresentada pelo governo, que prevê reajustes salariais de até 30%, condicionados ao cumprimento de metas de aumento de arrecadação. Eles também não concordaram com a proposta do governo de dar um aumento diferenciado aos fiscais aposentados, que teriam um reajuste de até 3%.
Há 34 auditores em Uruguaiana, seis em São Borja, um em Barra do Quarai e três no município de Itaqui. De acordo com Oliveira, os auditores fiscais mantêm-se reunidos no Sindicato da categoria, não havendo a presença de profissionais na sede da Delegacia da Receita Federal, nem no porto seco rodo/ferroviário de Uruguaiana. Conforme o delegado da Receita, Josemar Dalsochio, com o retorno dos técnicos do Tesouro Nacional, a paralisação dos auditores fiscais não impediu que a terça-feira transcorresse normalmente no porto seco, apesar das filas.