O tráfico de animais silvestre movimenta US$ 10 bilhões por ano e está entre os três maiores comércios ilegais do mundo; fica atrás apenas do mercado de drogas e armas. Só no Brasil, essa receita gira em torno de US$ 1 bilhão e dados de especialistas apontam que 60% do contrabando ocorre nas rodovias. Por conta da violência que sofrem durante a viagem, apenas um em cada 10 animais traficados chega vivo no destino final. A maioria das espécies são macacos (mico), macaco-aranha, mico-de-cheiro e saguis, além de répteis (jibóia, serpente e sapos amazônicos), vem das regiões Norte e Nordeste e são comercializados em feiras livres nos grandes centros – principalmente no eixo Rio – São Paulo. Há quatro anos, a Volvo patrocina um programa de conscientização para os carreteiros chamado de Caravana Ecológica. Através de apresentações teatrais itinerantes e distribuição de folders informativos ao longo das principais rodovias brasileiras, os motoristas são orientados a combater o tráfico e perceber a gravidade deste ano – já que o transporte desses animais é realizado, na maioria das vezes, na carroçaria do caminhão. Em 2001, o projeto conquistou o prêmio IPRA, de cidadania criado pela Associação Internacional de Relações Públicas, entidade com sede em Londres. Mais de 20 mil carreteiros já participaram desta atividade.